Planejar a sucessão é uma questão complexa. Envolve lidar ao mesmo tempo com relações familiares, gestão empresarial, proteção patrimonial e aspectos jurídicos.
É preciso promover o diálogo entre diferentes gerações, alinhar desejos e expectativas, além de encontrar um caminho de sucessão consensual.
A importância do planejamento sucessório está na organização e discussão sobre a família.
Lidando há mais de 30 anos com o tema, algo comum durante todo esse período me chama a atenção: a dificuldade que as famílias, leia-se, patriarca ou matriarca, possuem em enfrentar o tema por causa do apego ao comando.
Ainda que esse comando permaneça tecnicamente, o apego à pessoa jurídica se sobrepõe ao da família, que fica em segundo plano.
Curioso é que este segundo plano, logo se tornará primeiro quando exatamente por falta de planejamento sucessório vier a necessidade de inventário.
Destroem-se as empresas, por elas, quando, na verdade, criam-se conflitos por causa delas tão logo a família for chamada a "cuidar " dela.